Você sabia que os curto-circuitos são os grandes responsáveis por incêndios em todo o Brasil? Somente em 2018, foram 536 incêndios, sendo que 80% deles aconteceram dentro de casa.
Na ocasião, foram registradas 62 mortes: 59 delas em residências e 35 de crianças e adolescentes de até 15 anos. Os dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) chamam a atenção e acendem um alerta para a importância de um sistema de eletricidade bem estruturado.
Apesar de, em um primeiro momento, parecerem absurdos, os dados refletem uma realidade esquecida. Em uma busca rápida pela internet, não é difícil encontrar notícias de incêndios em residências e comércios causados por um simples curto-circuito.
Como evitar curto-circuitos
Geralmente, os curto-circuitos acontecem quando condutores com polaridades diferentes entram em contato entre si. Isso faz com que a corrente elétrica tenha uma intensidade muito elevada, que flui sem resistência ou isolamento.
A sobrecarga faz com que a energia falhe e pequenas faíscas surjam rapidamente. Como são pequenas e algumas vezes se apagam sozinhas, muitas pessoas esquecem e não dão a devida atenção ao problema.
A situação é comum, sobretudo, quando há as famosas gambiarras, que consistem em conexões elétricas mal feitas e dimensionadas, quase sempre projetadas por quem não entende de sistema elétrico. A falha, que pode parecer inofensiva, é perigosa e pode ser fatal.
Assim, uma boa forma de evitar curto-circuitos é justamente apostar em uma instalação de qualidade e, principalmente, contratar profissionais capacitados e licenciados. Além de assegurar a conformidade com as normas, esses especialistas garantem que o projeto seja executado com muito mais segurança.
Para evitar incêndios, muitas seguradoras tem exigido laudos técnicos assinados por profissionais altamente qualificados. Isso ajuda a evitar que haja fraude e, principalmente, que os problemas se tornem ainda maiores.
Benjamins e conexões perigosas
Outra causa comum de curto-circuitos está relacionada à sobrecarga de energia proveniente de uma única tomada. Isso porque, muitos projetos – sejam residenciais ou comerciais – não prevêem uma quantidade maior de tomadas, fazendo com que as pessoas apostem em benjamins e outros tipos de conexão em pontos estratégicos para ligar mais de um equipamento de uma vez.
O problema, no entanto, é que grande parte dos eletrodomésticos que tem um consumo maior, por exemplo, como geladeiras, ar-condicionado, chuveiro, entre outros, devem ser ligados em circuitos próprios, já que demandam muito do sistema elétrico. Mas com a falta de tomadas, esses aparelhos, que são conhecidos pelo uso prologado, estão quase sempre ligados uns aos outros.
Isso faz com que eles fiquem muito mais propensos a provocar sobreaquecimento nas instalações. Afinal, quanto mais tempo um aparelho fica ligado, maior será o aquecimento dos cabos elétricos se eles estiverem mal dimensionados.
Por isso, não à toa, esses adaptadores são abominados por especialistas em energia, já que transformar uma tomada em várias pode colocar a segurança em risco.
Para evitar o problema, o ideal é contratar um profissional que saiba dimensionar exatamente o que sua casa ou comércio precisa. Além, é claro, o profissional ou a empresa ajudam a assegurar que a manutenção do sistema elétrico esteja sempre em dia, evitando falhas e problemas com os fios de um modo geral.
Em paralelo, é interessante e recomendado que você planeje um sistema de combate a incêndio, especialmente em edificações comerciais.