O Setor de Combate a Incêndio (SCI) e a Assessoria de Segurança do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) criaram recentemente um protocolo de combate a incêndios que reúne, em um único documento, todas as medidas necessárias para garantir a segurança das Unidades Prisionais do estado.
Chamado de Protocolo de Emergência para Acionamento de Brigada Penitenciária, o projeto deve ser implementado em todos os presídios até o fim deste ano. No documento, todas as ações são detalhadas, separadas por setores, para garantir a segurança de todos os presentes no local em casos de emergência.
De acordo com o governo, nunca houve uma brigada de incêndio no sistema prisional do estado. Assim, a fim de evitar que as ações sejam isoladas, o protocolo único foi criado.
Além disso, as unidades prisionais foram treinadas para saber, de fato, o que fazer em casos de incêndio. Com isso, aprenderam um pouco mais sobre as ações básicas, como ligar para o Corpo de Bombeiros, acionar a direção da unidade, informar a inspetoria, que vai exercer o seu papel no protocolo, e a brigada de incêndio, que podem ser fundamentais para salvar vidas.
A Penitenciária Estadual em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, foi a primeira a implementar o projeto, que deve assegurar a prevenção ao combate ao incêndio.
Como funciona protocolo de combate a incêndios?
O padrão estabelecido deverá ser seguido em todas as unidades prisionais do Paraná. Segundo especialistas, o acionamento da brigada de incêndio segue um protocolo geral que inclui, entre outras medidas:
- Alertas sonoros;
- Planejamento de escalas e divisão de funções;
- Gestão de segurança;
- Ativamento dos sistemas de combate a incêndio, como bombas, rede de hidrantes e extintores, entre outros.
Para evitar intercorrências ou confusão generalizada, o protocolo de combate a incêndios estabelece quatro passos básicos. Com isso, os agentes também conseguem saber exatamente como é o procedimento adotado, já que o programa será único.
Além de padronizar e endereçar o atendimento nessas situações, o documento prevê procedimentos que envolvem, também, o abandono dos locais e atendimento a feridos, garantindo muito mais segurança a servidores e detentos.
Curso de brigadistas penitenciários capacita mais de 900
Foram mais de 900 agentes capacitados no curso de brigadistas penitenciários, promovido pelo Setor de Combate a Incêndio e pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen). Na ocasião, eles aprenderam a operar equipamentos, identificar produtos perigosos e a reconhecer riscos, por menores que sejam, além de primeiros socorros.
De acordo com o governo, o treinamento será contínuo e reaplicado sempre que houver necessidade ou inovações. Ainda que o número de casos de incêndio em unidades prisionais do estado seja pequeno, o protocolo de combate a incêndios tem como objetivo capacitar, cada vez mais, os agentes para o caso de surgir alguma demanda neste sentido.