Nos últimos dias, o Brasil sido alvo de diversos incêndios florestais, que assolam a fauna e flora do país. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas aumentaram 83%, quando comparadas as ocorrências registradas no mesmo período no ano passado.
Somente nos primeiros oito meses de 2019 foram registrados mais de 72 mil focos de queimadas. No ano anterior, esse número era de “apenas” 39 mil. Os dados alarmantes não param por aí.
Entre as regiões mais afetadas, destaca-se a Amazônica, que já sofreu com 22 mil incêndios florestais neste mês de agosto. Esta, aliás, é a maior marca dos últimos nove anos.
O que são incêndios florestais?
Como o próprio nome sugere, esse tipo de incêndio se refere à queimadas de grandes proporções, que provocam a morte de animais e, consequentemente, devastam a vegetação local.
Proibidos pela legislação, eles ainda são realidade em grande parte do país. As causas e focos são muitos: pontas de cigarro, utilização de líquidos inflamáveis, fogueiras mal apagadas e, claro, a falta de consciência. Este último fator, aliás, é quem leva a ação a outro patamar, tornando-a criminosa.
Apesar da alta incidência de queimadas realizadas por seres humanos – seja acidentalmente ou de forma proposital -, os incêndios também podem ter causas naturais. Dentre elas, destacam-se a incidência de raios ou calor excessivo, principalmente no Cerrado brasileiro.
As temperaturas muito quentes, aliás, são constantemente colocadas como causas do início do fogo em algumas regiões do planeta, como nos Estados Unidos.
Além disso, os incêndios florestais também podem acontecer devido a necessidade de limpeza de pasto para agricultura. Ou, ainda,após desmatamentos, a fim de preparar o terreno para pecuária ou outros fins.
A verdade, de acordo com especialistas, é que existe uma série de fatores que, quando combinados, culminam no fogo que destrói grande parte das florestas.
O foco de incêndio pode começar, por exemplo, com raios ou com uma simples bituca de cigarro. O que parece ser inofensivo, porém, é quase sempre potencializado pelos ventos ou ar seco, especialmente em locais de baixa umidade.
Como é feito o combate ao fogo
De grandes proporções, os incêndios florestais são, comumente, mais trabalhoso e de difícil combate.
Isso porque, como as zonas de mata são fechadas, o acesso de caminhões-pipa ou de bombas d’água é quase impossível.
Além disso, esses locais enfrentam, ainda, o poder do clima e do vento, que são potencializadores do fogo.
O fato de abrigarem uma enorme variedade de espécies animais e plantas também exige mais dos bombeiros e profissionais da área. Assim, eles devem tomar cuidados ainda mais específicos para garantir a integridade da fauna e da flora local.
Por isso, nestes casos, são utilizados tratores para cercar as chamas e permitir o acesso dos bombeiros ou aviões-tanque e helicópteros, que conseguem jogar água diretamente no incêndio.
Foco em prevenção
Mas, muito além de acabar com o foco do incêndio e combater o fogo quando a área já está em chamas, é fundamental, também, prevenir queimadas nessas regiões.
Uma das melhores formas de fazer isso é, justamente, por meio da criação de programas de conscientização nas comunidades locais próximas às áreas que geralmente são afetadas.
Isso garante que as pessoas se conscientizem dos cuidados que devem tomar para evitar focos de incêndio. Além disso, aprendam, também, a denunciar atividades suspeitas às autoridades.
Ainda neste sentido, a prevenção também torna-se fundamental. Com base em dados coletados durante outras queimadas e avaliação de especialistas – em incêndios e em florestas – é possível entender as principais causas e motivos que ocasionaram o fogo.
Com a informação em mãos, é infinitamente mais fácil trabalhar para evitar que o problema se repita.
Outra possibilidade é, também, realizar treinamentos de incêndio, especialmente em zonas onde há força de trabalho humano.
Além, é claro, de contar com a presença de sistemas e equipamentos de combate a incêndio.
Dessa forma, é possível garantir que as pessoas ajam de forma rápida e eficiente. Isso evita, ainda, que o problema se espalhe e se transforme em uma verdadeira catástrofe.
Como os incêndios florestais são detectados?
As áreas florestais de todo o mundo são frequentemente acompanhadas por satélites, comandados por instituições especializadas.
As imagens são enviadas de forma constante para os sistemas, atualizando os dados e informações referentes àquele bioma.
Os sensores, altamente tecnológicos, são capazes de detectar qualquer alteração no bioma – presença de fumaça, inclusive.
No Brasil, por exemplo, as unidades de conservação enviam alerta são aos órgãos responsáveis diversas vezes ao dia. Os satélites utilizados, nesse caso, são equipados com sensores que conseguem detectar fogo a média distância.
Isso permite uma ação rápida e preventiva das instituições, que conseguem se antecipar aos incêndios, principalmente em épocas de seca.
A ação do ser humano ainda é a grande causadora das queimadas e incêndios florestais. A realidade, no entanto, pode e deve ser transformada por meio da conscientização e prevenção.
Entender a causa e apostar em sistemas de combate ao incêndio são passos importantes. E, por isso, devem ser seguidos por todos, dentro e fora das florestas.