Hospitais de SC não tem plano de combate a incêndio

Em 2019, o Brasil presenciou incêndios de diversas proporções em hospitais por todo o país. No entanto, enquanto grande parte das unidades de saúde luta para melhorar seu plano de combate a incêndio, outras nem sequer têm sistemas estruturados.

É o caso dos hospitais de Santa Catarina, que se tornaram manchete em diversos portais de notícia por, justamente, não terem um plano estruturado.

O problema se torna ainda maior quando os dados alarmantes de casos de incêndio no Brasil vem à tona: apenas neste ano, foram mais de 20 incidentes. De curto-circuito à incêndios criminosos, diversas foram os motivos que ocasionaram os incêndios.

Ainda assim, é de conhecimento geral que todos poderiam ter sido evitados ou, ao menos, ter os problemas minimizados. isso é, caso houvesse uma equipe treinada e equipamentos de qualidade para combater o fogo na hora.

Plano de combate a incêndio é obrigatório

Hospitais de Santa Catarina se tornaram manchete em diversos portais de notícia por não terem plano de combate à incêndio estruturado.

Um levantamento realizado por uma emissora local de Santa Catarina, revelou que das 14 unidades administradas pelo estado, nenhuma possui o plano de combate a incêndio.

O dado é alarmante porque, além de colocar em risco a vida das pessoas, trata-se de um item fundamental para o pleno funcionamento de estabelecimentos. 

A emissora revelou, ainda, que o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) já vem cobrando o plano desde 2014, quando entrou na justiça contra o Estado, mas nada foi feito até o momento para evitar acidentes.

Entre as unidades de saúde, aliás, está o Hospital Celso Ramos, localizado em Florianópolis, que registrou um princípio de incêndio em setembro de 2019. O fogo, que começou de madrugada, em uma sala ao lado da recepção, foi contido com extintores de incêndio. 

Na ocasião, a emergência do pronto atendimento foi evacuada e interditada. Ao todo, 54 pessoas estavam internadas e 44 aguardavam atendimento. 

De acordo com o laudo do Corpo de Bombeiros, o incêndio foi causado pelas baterias do nobreak, que estavam vencidas há três anos.

Assim, como a administração sabia que o equipamento que atua como reserva na geração de energia em caso de falta de luz estava vencido e oxidado, o laudo registrou falha humana e culpou os responsáveis.

Hospitais enfrentam problemas sanitários

Muito além da ausência dos planos de combate a incêndio, alguns desses hospitais funcionam sem o habite-se. Ou seja, colocam em risco a vida de pacientes e profissionais que trabalham diariamente nas unidades.

O documento é responsável por comprovar que os estabelecimentos foram construídos de forma segura e seguem todas as normas e exigências de segurança vigentes pela lei brasileira. Dessa forma, a ausência do alvará quando o local funciona normalmente, pode constituir um crime. 

Os hospitais estaduais enfrentam, ainda, dificuldades para conseguir os alvarás sanitários, que asseguram o controle de bactérias e infecções. 

Ainda que a secretaria confirme todos os problemas, não há explicação para a ausência de tantos planos e certificados.

Brigadas se tornam alternativa ao plano de combate a incêndio

De acordo com o Governo de Santa Catarina, todas as unidades de saúde terão planos de combate a incêndio e equipes altamente capacitadas. O objetivo é evitar acidentes ainda maiores, como o que aconteceu neste ano no Hospital Badim, no Rio de Janeiro.

Por enquanto, a grande novidade fica por conta das brigadas de combate a incêndio, formadas pelos próprios servidores dos hospitais. São eles, aliás, que instalam rotas de fuga pelos corredores e avaliam os equipamentos de incêndio.

É importante ressaltar, no entanto, que os sistemas e planos de combate a incêndio tem o intuito de salvar vidas. Além disso, eles ajudam a evitar que o fogo se espalhe ou novos acidentes aconteçam, tendo uma ação 100% preventiva

E é justamente por isso que são obrigatórios e indispensáveis em locais onde há grande circulação de pessoas, como lojas, galpões logísticos, shoppings centers, prédios comerciais e residenciais, escritórios e, principalmente, em hospitais.

Dessa forma, a ausência de um plano eficaz, assim como do cumprimento de normas reguladoras, coloca em risco a saúde e a vida das pessoas que por ali transitam. Isso porque, não há como saber se o local está preparado para possíveis acidentes.

Por isso, o ideal é sempre prevenir e procurar soluções e equipamentos de qualidade.

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